Tecnologia transformadora. Um homem com ELA (esclerose lateral amiotrófica) está conseguindo falar e até cantar em tempo real.
O sistema, desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Davis, nos EUA, teve os primeiros resultados apresentados em um novo estudo publicado na revista científica Nature.
Ele usa uma interface cérebro-computador experimental para ajudar a restaurar a capacidade de comunicação das pessoas com problemas neurológicos. No caso da ELA, a doença paralisa lentamente movimentos, a fala e provoca outras limitações motoras.
O sistema reúne quatro conjuntos de microeletrodos implantados cirurgicamente na região do cérebro responsável pela produção da fala.
Esses dispositivos registram a atividade dos neurônios no cérebro e a enviam para computadores que interpretam os sinais para reconstruir a voz. Depois de usar a nova tecnologia experimental, o paciente conseguiu, inclusive, mudar de entonação e “cantar” melodias simples
Mautreyee Wairagkar, primeira autora do estudo, explica que os algoritmos mapeiam a atividade neural para os sons pretendidos a cada momento