Margot Vries, 100 anos, participa de um estudo que quer desvendar os mistérios do envelhecimento saudável. Vive em Mogi das Cruzes – SP e já não enxerga mais, devido a uma progressão do Glaucoma.
Filha de pais alemães, nascida em 1924 no Brasil, ela passou por uma guerra mundial, viu da República Velha à redemocratização brasileira, assistiu ao homem pisar na Lua, viveu no ano da primeira transmissão televisiva, no início da internet. Hoje, está na era da inteligência artificial. Ao longo de sua vida, Margot contraiu sarampo, rubéola, coqueluche, tétano, escarlatina, tuberculose e covid-19 duas vezes, ambas sem necessidade de internação.
Hoje, não toma nenhum remédio diário, não tem doença crônica em tratamento e está totalmente lúcida. Ela faz parte de um estudo coordenado pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP) em colaboração com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e foi encontrada graças a uma parceria com a Hapvida NotreDame Intermédica, convênio de que Margot é beneficiária.
Margot viveu uma vida comum, comendo e bebendo de tudo, nunca foi uma amante de exercícios físicos.Para a idosa, o segredo da longevidade é a disciplina com que sua mãe a criou. "Disciplina, respeito aos outros e uma boa dose de sorte", reflete, com a fala lenta e pausada.