Há pouco mais de um século, uma minúscula nação composta por duas ilhas era o maior produtor de chocolate do mundo. Agora, diversos produtores locais estão revitalizando o comércio de cacau, utilizando variedades antigas e intocadas, plantações históricas e o clima do país, favorável ao cultivo do cacau, para criar produtos de chocolate orgânico.
A fábrica de chocolate de Claudio Corallo na cidade de São Tomé — a escaldante capital de São Tomé e Príncipe.
Corallo é italiano e tem 72 anos. Ele apresentou diversas de suas criações — pedaços de chocolate delicadamente entalhados sobre uma tábua, esperando para que fossem provados.
Seu chocolate 100% cacau,forte, mas não amargo. E, quanto mais tempo fica dentro da boca, mais suave se torna.
O jornal italiano Corriere della Sera considera Claudio Corallo “um dos melhores fabricantes de chocolate do mundo”.
São Tomé e Príncipe é o segundo menor país da África, atrás apenas das ilhas Seychelles. Mas, pouco mais de 100 anos atrás, esta minúscula nação composta por duas ilhas era o maior produtor de chocolate do mundo.
Corallo estudou agronomia tropical em Florença, sua cidade-natal na Itália. Por mais de 30 anos, ele cultivou café no Zaire (hoje, República Democrática do Congo), até se mudar para São Tomé e Príncipe quando a situação política no antigo país se deteriorou, nos anos 1990. Corallo usa seus conhecimentos sobre café para criar um chocolate com alto teor de cacau que não seja amargo, que é um dos melhores do mundo.